Roteiro de Porto, Portugal - Parte 1: O Que Visitar

Eu sou apaixonada por Portugal! Pra começar fico enlouquecida com os azulejos maravilhosos, as lindas louças, a comida deliciosa por um preço sempre justo. Ainda mais é sempre bom ir pra lá pois não deixa de ser um cantinho na Europa que lembra muito o Brasil.

Dessa vez fomos conhecer Porto que já estava na minha lista de cidades que queria visitar há algum tempo e nós adoramos a cidade. Fiz uma listinha com as principais atrações de Porto, que por sinal dá pra conhecer tranquilamente em 2 dias. Por isso, dividi o post em dois com as atrações que fiz em cada dia em sua respectiva ordem - para a segunda parte clique aqui. Aliás, quando visitarem Vila Nova de Gaia aproveitem para conhecer o Mosteiro do Pilar que parece ser lindo mas não conseguimos visitar.

Pra quem não tiver muito tempo em Porto e quiser um roteiro mais enxuto acho que o que mais vale a pena é uma visita à alguma vinícola - pois é algo bem característico de Porto -; conhecer a Igreja de Santa Clara, a Igreja de São Francisco; fazer o passeio do Tram que além de divertido passa por vários pontos lindos da cidade; conhecer a livraria Lello; visitar a estação São Bento; e passear pela Cais da Ribeira que é o cartão postal da cidade.

1. Vinícolas de Vinho do Porto

As vinícolas de vinho do Porto ficam localizadas em Vila Nova de Gaia uma cidade que é colada em Porto - é só atravessar a ponte que você chega até lá. A maioria das vinícolas oferece tour combinado com degustação e em geral não é preciso agendar. O site Caves do Vinho do Porto tem uma listinha com as vinícolas e respectivos horários de funcionamento.

Nós fomos na Graham's e achamos a visita muito interessante pois conta um pouquinho da história do vinho do Porto. Ao final existe a degustação com diferentes opções de vinhos dependendo do valor cobrado. Uma passeio que vale muito a pena!

2. Teleférico

Logo após nossa visita pela vinícola pegamos o teleférico em Vila Nova de Gaia para subir até a ponte que atravessa para a cidade do Porto. O passeio é bem rapidinho e provavelmente você tem a mesma vista de outros pontos da cidade, mas tem sempre o charme do teleférico.

Endereço: Calçada da Serra, 143 / Horário: Diariamente das 10h às 18h (o horário se estende no verão).

3. Ponte D. Luís

A Ponte D. Luís é uma das principais pontes da cidade ligando Porto à Vila Nova de Gaia. Sua construção foi finalizada em 1886 sendo idealizada por um dos estudantes de Gustavo Eiffel, Théophile Seyrig. A ponte tem uma vista interessante da cidade, mas também vale a pena vê-la de longe para apreciar sua arquitetura.

4. Sé do Porto

A igreja da Sé foi construída no século XII seguindo o estilo romântico, mas com algumas obras de arte do período barroco. Além da igreja em si é possível visitar o claustro, mas nós não achamos tão interessante.

Endereço: Terreiro da Sé / Horário: 9h às 12h30 e das 14h30 às 18h (o horário se estende no verão. Para o museu e claustro o horário é um pouco diferente e pode ser visto neste link).

5. Igreja de Santa Clara

Trata-se de uma igreja católica pequena mas uma das mais belas de Porto. A igreja pertenceu ao antigo convento de mesmo nome e possui um dos exemplos mais bonitos de talha dourada em seu altar (madeira esculpida que posteriormente recebe uma camada de ouro). Não deixe de visitá-la pois é linda.

Endereço: Largo 1 de Dezembro / Horário: De segunda à sexta das 9h30 às 12h e das 15h30 às 18h; aos sábados das 15h às 18h; e aos domingos das 10h às 11h.

6. Igreja de Santo Ildelfonso

O ponto alto dessa igreja são os lindos azulejos que revestem sua fachada - cerca de 11.000 - que datam de 1931 e representam cenas da vida do Santo Ildelfonso e do evangelho.

Endereço: Praça da Batalha / Horário: Segundas das 15h às 18h30; de terça a sábado das 9h às 12h e das 15h às 18h30; e aos domingos das 9h às 13h e das 18h às 20h.

7. Rua de Santa Catarina

A principal rua de comércio de Porto onde normalmente é proibido o tráfico de veículos. Tem todo tipo de loja, desde quinquilharia até louças e roupas. Aliás, é nessa rua que fica o famoso Café Majestic.

Receita de Salada de Aspargos com Abobrinhas e Tomates Assados, Yotam Ottolenghi

Para encerrar os posts sobre o Ottolenghi - um dos autores que inspiram minha cozinha - vou passar pra vocês a receita da salada de aspargos com abobrinhas e tomates assados. Essa salada é super gostosa e ela é bem completa, por isso dá pra comê-la sozinha em um jantar quanto você está evitando carne ou mesmo carboidratos.

A única substituição à receita original que eu faria é trocar o queijo haloumi, que parece bastante com o queijo coalho, por um queijo mais leve e menos salgado. Eu amo mussarela de búfala e acho que ficaria bem gostosa nessa salada.

O Ottolenghi sugere um molho para essa salada de manjericão. Eu tentei fazer aqui em casa mas o meu processador se recusou a bater uma quantidade tão pequena de ingredientes, e por isso acabei optando por um molho de vinagre balsâmico, limão e azeite. De qualquer forma, vou colocar a receita do molho de manjericão aqui no blog pra quem quiser testar em casa.

Ingredientes (serve de 4-6 pessoas)

350g de tomate cereja 

24 aspargos

2 abobrinhas

200g de queijo coalho fatiado ou outro queijo de sua preferência

25g de rúcula

sal e pimenta a gosto

azeite de oliva

Para o molho de manjericão:

75ml de azeite de oliva

1 dente de alho picado

25g de folhas de manjericão

sal e pimenta a gosto

Preparo

1. Aqueça o forno à 170C. Enquanto isso corte os tomates ao meio e misture com cerca de 3 colheres de azeite de oliva e tempere com sal e pimenta. Espalhe os tomates em uma forma com papel manteiga com a parte cortada para cima. Asse no forno por cerca de 50 minutos ou até que eles comecem a secar. Se gostar do tomate mais seco é só deixar mais tempo até ficar do jeito que você prefere. Quando estiver pronto retire do forno e deixe esfriar.

2. Corte a parte esbranquiçada e dura dos aspargos e jogue fora. Cozinhe a parte restante em água fervendo com sal por cerca de 4 minutos ou até que eles estejam macios mas com um pouquinho de resistência. Escorra e passe em água gelada para que ele não cozinhe mais. Seque e tempere com cerca de 1 colher de azeite, sal e pimenta.

3. Corte a abobrinha em fatias finas usando um fatiador ou descascador de legumes. Tempere com cerca de 1 colher de azeite, sal e pimenta.

4. Esquente uma grelha ou uma frigideira - a grelha fica mais interessante pois deixa os legumes marcados - em fogo alto. Grelhe os aspargos e a abobrinha e em seguida reserve. Na mesma frigideira ou grelha coloque um pouco de azeite para grelhar o queijo coalho. Quando ele começar a corar retire e ponha em um papel toalha para absorver o excesso de óleo.

5. Para quem quiser fazer o molho de manjericão é só bater em um processador todos os ingredientes até obter uma consistência lisa.

6. Coloque as fatias de abobrinha, os aspargos e a rúcula em uma vasilha e adicione o molho de manjericão - ou outro de sua preferência - e misture até que todos os ingredientes fiquem bem temperados. Em seguida monte a salada em um prato utilizando todos os componentes organizando de uma certa forma para que todos fiquem bem distribuídos e visíveis.

Vídeo interessante: crianças e gastronomia

Essa semana ví um vídeo na internet que achei muito interessante, então resolvi compartilhar aqui. O vídeo é da NYTimes, e mostra um grupo de crianças que é levada ao restaurante Daniel, um dos restaurantes franceses mais famosos de Nova Iorque. O restaurante tem duas estrelas Michelin, e a refeição servida foi o menu degustação de sete pratos (com canapés e amouse bouche adicionais).

O próprio chef Daniel Boulud, dono deste restaurante e de outros 6, acompanhou a refeição e interagiu com as crianças. Não vou estragar a surpresa, mas vale a pena assistir e ver as reações das crianças a cada prato!

What Happens When Second Graders Are Treated to a Seven-Course, $220 Tasting Meal

Restaurante Typing Room, Londres

Depois de ouvir muitos comentários positivos sobre o Typing Room, fomos conhecer o restaurante no último final de semana. O Typing Room é do conhecido chef britânico Jason Atherton, que assina o menu de restaurantes como 22 Ships, Berners Tavern e Pollen Street Social.

O Typing Room fica no mesmo local onde era situado o restaurante Viajante,  dentro do hotel Town Hall em Bethanal Green. O ambiente é bem clean e aconchegante e a cozinha fica localizada em uma das pontas do salão, o que é bem legal para ver a ação na cozinha. O serviço durante toda nossa refeição - que durou quase 4h - foi muito atencioso e na medida exata sem causar desconforto.

Nós fomos ao restaurante no sábado e era possível escolher um tipo de set menu, o menu degustação de 5 ou 7 pratos - que vinha com a opção de degustação com vinho. Nós optamos pelo menu de 7 pratos e apesar das porções de cada prato não serem muito grandes, ao final da refeição você percebe que é muito comida.

Nós gostamos da nossa experiência no restaurante como um todo, mas achamos um pouco caro considerando o que comemos. A questão do preço não está relacionada à qualidade dos ingredientes ou às técnicas utilizadas no preparo, mas sim com a sensação de que apesar de ter alguns pratos excelentes, vários dos que comemos não eram nem um pouco memoráveis.

Entre os nosso pratos favoritos estavam o profiterole com manjericão e abobrinha que era super refrescante; o steak tartare com beterraba e nabo; e o couve-flor com menta e alcaparras. Aliás, o prato de couve-flor era praticamente o mesmo que comemos no 22 Ships em Hong Kong. Além disso, eles serviram um pão - sourdough - que era simplesmente divino!

Mas outros pratos não foram tão bem sucedidos, como o badejo que tinha um gosto predominante de pimentão ou mesmo a paleta de porco, que apesar de super macia não era muito saborosa. A sobremesa e os petit-fours também deixaram a desejar - a não ser o sorbet que foi servido antes da sobremesa que era sensacional - , sendo que a primeira possuía vários elementos de café e alguns tinham uma textura um pouco estranha. Já a trufa que foi servida ao final também deixou a desejar no quesito sabor.

Gostamos: Tanto o serviço quanto a atmosfera do Typing Room eram ótimos. Principalmente as entradas e o pão servido estavam deliciosos.

Não Gostamos: Esperávamos que os pratos principais e as sobremesas fossem mais surpreendentes no sabor. Mas ao final ficamos com a sensação de que apesar de serem bons, não eram memoráveis.

Veredicto: Apesar de ser um bom restaurante, não achamos que tenha sido uma refeição inesquecível como um todo, principalmente considerando o valor cobrado pelo menu degustação.

Endereço: Town Hall Hotel, Patriot Square

Site: www.typingroom.com

Tel: 020 7871 0461

Receita de Arroz com Lentilhas (Koshori), Yotam Ottolenghi

Uma das receitas que me chamou a atenção no livro do Ottolenghi é o Kosheri, um arroz com lentilhas e cabelinho de anjo que é muito típico no Egito. O mais interessante desse prato é que ele é um arroz bem mais aromático e cheio de sabor. 

Ingredientes (serve 4 pessoas)

200g de lentilhas verdes

200g de arroz (se achar do tipo basmati melhor)

40g de manteiga sem sal

50g de macarrão do tipo cabelo de anjo quebrado em pedaços menores

400 ml de caldo de galinha ou água

1/2 colher de chá de noz-moscada ralada

1 1/2 colher de chá de canela em pó

1 1/2 colher de chá de sal

1/2 colher de chá de pimenta-do-reino

4 colheres de sopa de azeite

2 cebolas cortadas em fatias

Preparo

1. Coloque as lentilhas em uma peneira e passe sob água corrente para limpar. Em seguida, coloque-as em uma panela e encha com bastante água - no mínimo 2 dedos acima das ervilhas - e ferva. Assim que ferver abaixo um pouco o fogo e cozinhe por cerca de 25 minutos ou até que as ervilhas estejam macias mas com um pouquinho de resistência. Escorra e reserve.

2. Lave o arroz. Em uma panela grande em fogo médio coloque a manteiga e assim que derreter coloque o macarrão. Refogue até que ele fique dourado e aí adicione o arroz e mexa para que ele fique coberto com a manteiga. Adicione a água ou o caldo de galinha, a noz-moscada, a canela, o sal e a pimenta. Deixe ferver, tampe e abaixe o fogo para fraco. Cozinhe até que o arroz e o macarrão estejam macios, e se necessário adicione mais água ou caldo. Ao final deixe reduzir o líquido como se estivesse preparando arroz normalmente.

3. Coloque o azeite em uma frigideira em fogo médio e assim que esquentar coloque as cebolas. Refogue até que elas estejam bem douradas e macias - cerca de 20 minutos - e depois coloque em papel toalha para absorver o excesso de óleo.

4. Para servir solte o arroz com um garfo e adicione as lentilhas e cebolas – reservando um pouco de cebola para colocar no topo do prato pra enfeitar. Se precisar esquente em fogo baixo mexendo sempre pra não grudar no fundo. Coloque em um prato bem bonito e sirva!

Autores que Inspiram minha Cozinha: Yotam Ottolenghi

Yotam Ottolenghi é bem conhecido em Londres por ser dono do café Ottolenghi, do restaurante Nopi e também por sua coluna no jornal Guardian. Uma das unidades do café Ottolenghi fica bem próximo da minha casa em Londres, e toda vez que passo por lá fico vidrada nos doces expostos na vitrine.

Nunca havia me empolgado muito com as opções salgadas vendidas no café, que são mais focadas em vegetais e grãos. Por isso, quando um amigo me indicou os livros de culinária do Ottolenghi fiquei um pouco hesitante, pois sempre fui daquelas pessoas que acreditam que o foco principal da refeição - com raras exceções - são as proteínas.

Quando recebi o livro Ottolenghi em casa fiquei super animada com o belo visual dos pratos, principalmente as saldas e os acompanhamentos. Folheando as receitas, gostei da combinação de temperos e ingredientes, que possuem inspiração no Oriente Médio - Yotam é original de Jerusalém - com uma abordagem ocidental.

Acabei decidindo experimentar a receita de arroz com lentilhas e a salada de aspargos com abobrinhas e tomates assados, e adorei ambos os pratos! Foi uma experiência interessante cozinhá-los, pois os pratos ficaram super saborosos e realmente acabaram sendo o centro das atenções durante a refeição.

Em geral, as receitas do livro  possuem diversas etapas e uma lista de ingredientes bem diversificada, porém as receitas são fáceis de preparar e realmente atingem o objetivo de Yotam, que é fazer com que olhemos para os legumes e temperos de uma outra maneira. Recomendo esse livro pra sua estante, pois está recheado de idéias interessantes!

Sugestão de Hotel: Coworth Park

No último final de semana fomos conhecer o hotel Coworth Park, da rede Dorchester, que fica a cerca de 50 minutos de Londres. O Coworth Park é um típico country house hotel, fica em uma região super tranquila e tem uma paisagem bem bucólica.

O hotel é uma excelente opção para quem quer relaxar e curtir atividades no campo. Ficamos impressionados com a estrutura do hotel que conta com spa, campo de polo, estábulo com aulas de equitação e ainda com kits para se fazer piqueniques no campo.

O visual do Coworth Park é maravilhoso! Desde o momento em que você entra na propriedade fica encantado com o campo, as flores e o lago que são extremamente bem mantidos. É uma delícia caminhar pelo hotel e curtir esse lado do campo tão pertinho de Londres.

Nós também gostamos muito do SPA que tem vários tratamentos diferentes! O que mais gostamos foi a piscina aquecida, que tem um horário determinado para o uso das crianças, o que garante o sossego de quem está viajando a dois.

A estrutura do hotel em si também não deixa nada a desejar. A suíte tem uma decoração muito aconchegante e de bom gosto, é espaçosa e o mais importante: o quarto é extremamente silencioso. O banheiro é super luxuoso, bem iluminado e tem a banheira de cobre mais linda que já vi em toda a minha vida.

O Coworth Park ainda possui 2 restaurantes, um bar e duas salas de chá (uma delas dentro do Spa, o Spatisserie). O menus são um misto de gastronomia contemporânea e inglesa. Não deixem de experimentar o Fish and Chips de lá que é molhadinho e crocante! O salão do restaurante principal tem uma decoração linda, com uma obra de folhas de cobre pendurada no teto.

O único problema que tivemos no hotel foi relacionado à algumas reservas que fiz no SPA e no restaurante. A reserva do SPA que havia feito acabou sendo perdida, e a do restaurante foi confirmada por alguns membros do hotel mas recebi uma ligação dizendo que não existia reserva no meu nome. No entanto, essa desorganização com as reservas foi compensada pela extrema atenção da equipe do hotel que fez de tudo para resolver esses contratempos.

Gostamos: Das instalações do hotel e da atenção da equipe de funcionários.

Não Gostamos: A central de reservas do hotel é confusa, e ficamos insatisfeitos com a confusão que fizeram com as reservas que fizemos no SPA e no restaurante. Mas esses contratempos foram compensados pela gerência do hotel que fez de tudo para resolver este problema.

Veredicto: Nós amamos nossa estadia no Coworth Park e com certeza recomendamos pra quem quer ter um final de semana relaxante em um ambiente lindo, agradável e com excelente serviço.

Link do hotel no Booking.com

Receita de Lasanha de Espinafre e Cogumelos

Na semana passada eu estava com muita vontade de fazer uma lasanha diferente, que não fosse a tradicional de molho a bolonhesa com queijo que costumo cozinhar. Tive a idéia de fazer uma lasanha vegetariana com espinafre, e quando me deparei com uma receita super interessante da revista Gourmet Traveller que levava espinafre e cogumelos decidi que seria esta que iria fazer.

Aliás, a Gourmet Traveller é minha revista gastronômica favorita que acabei conhecendo quando morei na Ásia. Como ela é uma revista de publicação australiana, não tem tanta circulação aqui na Europa e no Brasil, mas eles tem algumas versões para download em ipad e o próprio site tem algumas matérias e receitas interessantes pra quem não é assinante.

A receita tem várias etapas, mas não é difícil de fazer. A lasanha fica deliciosa e vale o tempo a mais que leva para fazer. Aliás, ela faz o estilo mais pesada, então é uma ótima opção pra quando você procura algo bem reconfortante ou num dia não muito quente. Esta receita rende para 6-8 pessoas (dependendo da fome), mas fique à vontade para reduzir a quantidade.

Ingredientes

5 folhas de lasanha (9x17cm)
150 g de funghi secchi
100 ml de creme de leite fresco
1 cebola média cortada em cubinhos pequenos
2 dentes de alho picados ou espremidos
400 g de cogumelos marrons picados (use os seus tipos preferidos)
500 g de espinafre
200 g de parmesão ralado
3 colheres de sopa de farelo de pão
manteiga
azeite
sal e pimenta-do-reino
maisena (para engrossar o molho de cogumelos, se necessário)

Para o molho béchamel:

800 ml de leite integral
125 g de farinha de trigo
4 colheres de sopa de manteiga sem sal
60 g de parmesão ralado
1 folha de louro
1 cravo
1 dente de alho amassado
1/2 cebola
noz-moscada ralada
sal e pimenta-do-reino

Preparo

1. Aqueça o forno à 200C.

2. Dependendo do tipo de lasanha que for utilizar será necessário ferver por alguns segundo antes de montar a lasanha. Neste caso, siga as instruções da embalagem e depois que ferverem deixe em um pano de prato para escorrer o excesso de água (algumas vezes papel toalha acaba grudando por isso prefiro utilizar pano de prato).

3. Coloque o funghi secchi em uma tigela com cerca de meio litro de água fervendo por cerca de 10 minutos ou até que os cogumelos estejam macios.

4. Enquanto isso prepare o molho béchamel. Fiz um passo a passo bem detalhado sobre como preparar o molho neste link. Nesta receita faça o molho béchamel da forma como ensinei e ao final retire do fogo e misture o parmesão ralado com o molho ainda quente, mexendo para derreter.

5. Retire o funghi da água e pique grosseiramente. Transfira a água em que ele ficou imerso para uma panela, tomando cuidado para não utilizar o líquido do final onde normalmente ficam depositados os resíduos. Adicione o creme de leite e assim que ferver diminua o fogo de forma que a mistura ferva bem lentamente. Deixe por cerca de 15 minutos ou até que a mistura tenha reduzido pela metade ou engrossado. Se por um acaso o molho não engrossar vale utilizar maisena diluída em água até obter a consistência desejada. Comecei diluindo uma colher de sopa de maisena em um pouquinho de água - o suficiente para conseguir dissolver a maisena - e adicionei à mistura mexendo por alguns minutos para ver o quanto engrossou. Repeti o processo mais duas vezes até obter a consistência que queria - um molho mais encorpoado -, mas prefiro ir fazendo aos poucos do que engrossar demais de uma vez.

6. Em uma frigideira em fogo médio coloque a manteiga e assim que derreter adicione a cebola. Quando começar a ficar transparente coloque o alho e quando dourar coloque os cogumelos e refogue até que os cogumelos fiquem macios. Retire do fogo e acrescente o molho de cogumelos e os pedaços de funghi que foram picados. Mexa bem e cheque o sal e a pimenta.

7. Em uma frigideira com azeite ou manteiga (pode colocar alho picadinho se quiser também) refogue o espinafre até que  ele fique em uma tonalidade verde mais intensa. Tempere com sal e pimenta. Para quem quiser mais dicas sobre como preparar espinafre fiz um post completo aqui. Em seguida, retire o máximo de água possível pressionando as folhas em um escorredor ou peneira e depois pique as folhas grosseiramente.

8. Unte uma forma de 20 cm x 24 cm com manteiga - tamanho aproximado da forma para a quantidade de ingredientes desta receita. Se preferir faça duas menores e guarde uma delas na geladeira cubrindo com plástico filme. Cubra o fundo com uma camada de massa (eu gosto de colocar um pouquinho de molho béchamel no fundo antes de colocar as folhas de lasanha só para a massa não grudar muito na forma), um terço do molho com cogumelos, um terço do parmesão ralado, um terço de espinafre e um terço do molho béchamel. Repita o processo finalizando a lasanha com uma camada de molho béchamel, um pouco de parmesão ralado e farelo de pão. Ponha um pouquinho de azeite por cima e cubra com papel alumínio. Se quiser pode deixar pronto na geladeira e assar no dia seguinte.

9. Leve ao forno por cerca de 30 minutos ou até que ela esteja borbulhando. Retire o alumínio e deixe no forno por mais 10 minutos ou até o topo ficar dourado. Retire do fogo e deixe esfriar um pouco antes de cortar. Esta pronta pra servir!

Guia de Viagem na Sicília - Onde Visitar

Algum tempo atrás fiz vários posts detalhados sobre as cidades que visitei na Sicília. Acabei decidindo fazer um post com um pouquinho de cidade para os que estão procurando um roteiro mais resumido. De qualquer forma, é só clicar nos links ao longo do texto que eles redirecionam para o post completo e mais detalhado.

Por ter sido uma região que sofreu constantes invasões no passado em razão de sua posição estratégica, a Sicília possui um misto de estilos arquitetônicos e culinários, além de ser muito rica do ponto de vista cultural, por conta dessa influência de diferentes povos.

No entanto, por se tratar de uma região que não possui uma economia forte, algumas cidades são sujas, desorganizadas e pouco preservadas. Por isso, nada mais importante do que pesquisar bastante sobre cada cidade que planeja visitar, para evitar surpresas desagradáveis.

1. Taormina

Taormina foi com certeza a minha cidade favorita na Sicília. A cidade possui ruínas gregas, praias com águas transparentes, além de várias opções de restaurantes e lojas.

Pontos turísticos mais interessantes:

(a) Grotta Azzurra: Da praia de Taormina saem diversas excursões para esta gruta que é maravilhosa! Além de visitá-la, os barcos navegam pela costa da cidade e param para banho em alto mar.

(b) Teatro Grego: As ruínas deste antigo teatro são interessantes, principalmente pela linda vista da encosta que você tem de lá. É de tirar o fôlego!

(c) Passeio pela Corso Umberto I: Esta é a rua principal da cidade onde você encontra a maior parte das igrejas, restaurantes e lojas de Taormina.

Onde se hospedar:

Hotel Villa Schuler - Este hotel fica próximo ao centro da cidade, uma excelente localização. Além disso, as suítes são muito boas, e o hotel possui um lindo jardim na área comum.

Onde comer:

(a) Bam Bar (Via Di Giovanni, 45): Famoso por suas deliciosas granitas! Experimente a de nutella, e não deixe de pedir o creme que acompanha a granita. É divino!

(b) Da Cristina (Via Strabone, 2): Este bar/padaria oferece os arancinis (bolinhas de arroz recheados fritos) mais famosos da cidade. Adorei o arancini com recheio de ragú.

2. Siracusa

Além de possuir uma linda arquitetura medieval, Siracusa possui uma vida noturna bem agitada. As ruas do centro ficam bem movimentadas, e existem várias opções de bares, restaurantes e lojas com produtos locais, além das tradicionais lojas de rede como Zara e United Benetton.

Pontos turísticos mais interessantes:

O mais gostoso é passear pelos arredores da Piazza del Duomo, com suas charmosas ruas, antigas e estreitas. Nessa região estão localizadas as principais igrejas e edifícios da cidade.

Onde se hospedar:

Il Monasteri Golf Resort - Este hotel fica a cerca de 15 minutos de carro de Siracusa. Apesar da distância, a localização do hotel permite fácil acesso às cidades próximas, como Siracusa e Ragusa, além de possuir uma ótima infraestrutura para relaxar, como piscina e SPA.

Onde comer:

(a) Sicília in Tavola (Via Cavour, 28): O restaurante oferece pratos com ingredientes locais que são deliciosos! Não deixe de experimentar a burrata, e a pasta com molho de pistache.

(b) Gelateria Bel Bon: um dos melhores sorvetes que experimentamos na viagem! A sorveteria fica aberta até bem tarde, então é uma boa opção para a sobremesa após o jantar. A sorveteria fica também na Via Cavour, próximo ao Sicilia in Tavola.

3. Noto

Noto é uma pequena cidade da Sicília, que foi profundamente atingida por um terremoto em 1693. Sua reconstrução foi detalhadamente planejada, resultando em uma linda cidade.

Pontos turísticos mais interessantes:

(a) Palazzo Nicolaci: Este palácio pertenceu a uma das famílias mais importantes de Noto. Ele foi recentemente reformado e por isso está bem conservado. O palácio possui belíssimos cômodos e balcões, considerados dos mais bonitos do mundo.

(b) Chiesa di Santa Clara: Esta igreja é repleta de iconografias e simbolismos relacionados à Santa Maria Assunta, à qual a igreja foi dedicada. As pinturas são belíssimas! Com certeza uma das igrejas mais bonitas que visitei na Sicília.

4. Ragusa

A cidade foi também afetada pelo terremoto de 1693, mas sua reconstrução dividiu a cidade em duas. Os nobres reconstruíram a parte antiga da cidade, e a classe trabalhadora mudou-se para uma nova região de Ragusa.

Pontos turísticos interessantes:

(a) Chiesa di San Giuseppe: Esta igreja possui um afresco maravilhoso na cúpula interior da igreja com o tema da glória de São Benedito. Esta igreja também foi uma das mais bonitas que visitei durante a viagem.

(b) Cattedrale di S. Giorgio: A principal igreja da cidade possui imagens lindas ao longo da catedral, além de um linda cúpula que pode ser vista logo na entrada da cidade.

5. Etna

O vulcão Etna é conhecida por ser um dos mais altos do mundo e por sofrer constantes erupções. O vulcão fica próximo à cidade de Catania, de onde saem excursões diárias para o Etna. Outra opção é alugar um carro e dirigir até lá.

Na base do vulcão você pega um teleférico e sobe até um segundo nível (se tiver fôlego é possível ir caminhando também), de onde você pega um mini-ônibus que leva até o nível mais alto.  No último nível, os guias turísticos caminham com os turistas por alguns pontos do vulcão. Esta parte do passeio pode ser puxada para algumas pessoas, pois lá venta muito e o terreno é bem irregular, dificultando a caminhada.

De qualquer forma, é um passeio em um cenário bem diferente do que eu já havia visitado, e por isso achei muito interessante.